A língua é um sistema abstrato e inato. Não é possível precisar onde começa e onde termina, nem seu tamanho.
Também não é possível mensurar o quanto alguém sabe de determinada língua, pois nosso contato se dá com a performance das pessoas e não com a competência que elas tem. Vale considerar que, de forma inata, todos somos competentes na nossa própria língua, observando-se diferença na forma de realização da língua, ou seja, na performance.
A fala concretiza a língua e o idioma é a materialização da fala, em determinada região, podendo ser oral ou escrita.
Ademais, a escrita não ocorre de maneira espontânia, como acontece com a oralidade. Ela é uma tecnologia, pois, para produzi-la, usamos utensílios e outros produtos da nossa cultura, estando limitada a um determinado contexto.
Noam Chomsky defendia a presença do LAD - Language Acquisition Dispositive, no cérebro humano. Nesse sentido, toda pessoa nasce com uma gramática pré-estruturada e, ao entrar em contato com o mundo, ela é ativada.
Entretanto, ao que consta, a teoria do LAD mostra-se eficiente apenas com a língua materna (L1), falhando bastante quando se dispõe a aprender uma segunda língua ou uma língua estrangeira (L2). A provável justificativa é a de que parte da língua se deve a cultura. Assim, ao se aprender sobre a cultura, se aprende a língua.
Na Língua Portuguesa, temos cerca de 500.000 palavras.
Cada pessoa sabe entre 8 - 12.000, mas usa somente cerca de 1.800 - 3.500 palavras, ao longo da vida.