Pesquisa

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Aula 11 - Hipertexto: definição, tipologia e características


Hipertexto:
Texto exclusivamente virtual, cujo elemento central é a presença de links. É pelo 'click' que ele se realiza e se atualiza e o leitor tem certa autonomia para escolher o caminho a ser percorrido.

Tipos:
  • Abertos - arquivos em sistemas externos, acessados e acrescentados de qualquer ponto aberto no ciberespaço. Exemplo: Web. Com possibilidade de escrita compartilhada - Wikipédia, Google Docs.
  • Fechados - texto clicado está na mesma unidade de armazenamento (mesmo sistema). Exemplos: CD-Rom, Hipertextos no Word e PowerPoint (quando off-line)
Quanto à estrutura e flexibilidade de navegação:
  • Sequencial ou linear - é o que mais se aproxima aos textos impressos, podendo ser bidirecional. Exemplo: pesquisa no Google
  • Hierárquico - possui uma entrada principal e garante acessos aos textos imprescindíveis para os demais níveis. Exemplo: Portal Uol -> Saúde e Beleza -> Cosméticos
  • Reticulado - maior liberdade de acesso que o modelo hierárquico, mas sem integrar todos os docs.
  • Em rede - modelo ideal, mas utópico (possibilidade tecnológica e abstração de ordem prática). Todos os docs podem ser acessados de qualquer ponto.
Produção de Hipertextos: envolve a produção de vários textos, podendo combinar diferentes linguagens (podcast, imagem, remix, link, etc.), e uma proposta de caminhos de leitura, conforme o modelo escolhido pelo autor.





domingo, 13 de maio de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Aula 9 - Comentário criticoavaliativo de três blogs



1º Blog visitado: Conexão Linguagem
                                       http://conexaolinguagem.blogspot.com.br/
     Blogueira: Alexia Roche 

Gosto da forma como a Alexia discorreu sobre os temas e, apesar de discordar de alguns pontos de vista, julgo muito interessante que ela assuma posição clara sobre os tópicos que decidiu postar em seu blog, como no caso do video do "Programa Língua Viva".
Não consegui escutar seu podcast, mas a remixagem de imagens ficou bastante interessante e pude confrontar suas respostas sobre os textos trabalhados em classe com as minhas, enriquecendo meus pontos de vista.


2º Blog visitado: What's going on this Friday at Uniso? 
                                         http://lintecbysandra.blogspot.com.br/
      Blogueira: Sandra Maki

O blog da Sandra despertou meu interesse já pelo título escolhido: bem-humorado, conquista os mais curiosos. Ademais, recentemente tive oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a própria Sandra, o que me faz pensar que ler suas postagens possa fazer algum sentido...rs...
Aprecio a linguagem simples e eficaz que permeia suas postagens, o que, na minha opinião, torna a leitura mais prazerosa e esclarecedora.


3º Blog visitado: Palavreando com Tecnologias
                                         http://palavreandocomtecnologias.blogspot.com.br/
      Blogueira: Karen de Moraes Machado

Destaco o remix de video que a Karen postou, pois além de cumprir com a atividade de remixagem, ele trata do tema. Praticamente uma metalinguagem.
Em se tratando das respostas às questões sobre os artigos trabalhados em sala, seu texto é claro e contribuiu com meu entendimento acerca de língua, linguagem, cibercultura e remixagem.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um ponto de vista: "Lugar de criança é na internet"



Douglas Adams, genial autor do Guia do Mochileiro das Galáxias, criou um provérbio sobre mudanças cuja tradução livre é assim: “Tudo o que já existia no mundo antes de nascermos é absolutamente normal; tudo o que surge enquanto somos jovens é uma oportunidade e, com sorte, pode até ser uma carreira a seguir; mas o que aparece depois dos 30 é anormal, o fim do mundo como conhecemos... até que tenha estado aí por uma década, quando começa a parecer normal”.
Pois é. Com exceções que justificam a regra, somos conservadores. Só que o mundo muda o tempo todo e, desde sempre, cada vez mais rápido. Pense na internet. Parecia, no começo, máquinas a serviço da ciência e dos negócios, onde nós, usuários, fazíamos coisas sérias, como transações bancárias. Mas era muito mais. A rede tornou possível o relacionamento direto entre pessoas, com o lado de cá (nós) participando da construção dos instrumentos que usamos para, principalmente, interagir com outros humanos.

E há quem nasceu “na” internet. Pesquisa da Nielsen diz que as crianças (2 a 11 anos de idade) estão na rede em peso. Enquanto o número total de usuários cresceu 10% entre 2004 e 2009, o de crianças subiu 19%. E o número de horas na rede, entre a garotada, cresceu 63% no período, de 7 horas por mês em 2004 para mais de 11 horas em 2009, contra um aumento do número de horas online, como um todo, de 36%.

E isso quer dizer o quê? Primeiro, que as crianças estão usando a “rede” como parte essencial de suas redes, como extensão da escola, conexão com familiares distantes, diversão, e por aí vai. Segundo, quem nasce em rede vive em rede; é como aprender a ler: tirante raros casos, ninguém desaprende. Nofuturo, todo mundo estará em rede, em todo lugar, o tempo todo, para todas as coisas. Menos uma ou duas. Que justificarão a regra.
Isso também quer dizer que pessoas “do séc. 19”, que passaram quase incólumes pelo séc. 20, vão achar que crianças na rede, no séc. 21, esse tempo todo (menos de uma hora por dia) é um absurdo. Capaz de haver uma correlação com quem achava que mulheres não deveriam votar, que voto, de resto, era só pra quem tinha posses e, por sinal, pra que ler e escrever, coisa de literatos e desocupados? 
O futuro das crianças – e dos adultos - é estar online, 24 horas por dia. Daqui para frente, se você existe, existe na rede, em tempo real e o tempo todo. Se você sabe de alguém que não está, torne-se um missionário: traga essa alma perdida para nosso convívio, na rede. Antes que seja tarde. Demais.
O futuro vem das crianças, das múltiplas formas como elas estão construindo, em rede, suas relações. E nós podemos – ainda - fazer parte dele. Pois a rede, pra todo mundo, começa parecer normal..

*Silvio Meira é cientista-chefe do C.E.S.A.R, no Recife, instituto de inovação e incubação de empresas eleito o mais inovador do país. Silvio é um dos palestrante do TEDxSP, evento para disseminar boas ideias. A Super apóia o TEDxSP. Saiba mais em www.tedxsaopaulo.com.br

Aula 8 - Anticonferência Coloquial

A mesa redonda, no formato coloquial, teve a participação de alunos e ex-alunos da Graduação e da Pós-Graduação e foi coordenada pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes. 
Ali, os convidados puderam compartilhar suas experiências em projetos de pesquisas e Trabalhos de Conclusão de Curso, facilitando o entendimento do processo por parte da platéia, composta, majoritariamente, por alunos que cursam sua primeira graduação. 
As exposições elucidaram, inclusive, questões sobre pleiteio de bolsas de estudo para Programas de Mestrado e condução dos estudos em nível de Pós-Graduação. 
Dentre os componentes da mesa, estava um aluno da graduação, cujo trabalho para conclusão do curso de Letras está bastante avançado, e cujo tema é a vida, obras e sexualidade ambígua do grande poeta Oscar Wilde.
Por fim, foi um evento muito pertinente para auxiliar os alunos no desenvolvimento de suas pesquisas, por meio de relatos de quem já percorreu esse caminho de muito trabalho, mas bastante prazeroso e compensador.  

Imagem do dia



"As crianças brasileiras passam em média 3h15m por mês conectadas com a Internet, atrás apenas das americanas e das japonesas. Os dados fazem parte de um painel divulgado pelo instituto Ibope e-Ratings, com meninos e meninas entre 2 e 11 anos que navegam em casa. 'é uma geração que nasceu com a Internet e acessa a web, de sua residência, ao contrário das crianças européias, que usam mais a rede em computadores da escola', diz Marcelo Coutinho, diretor do Ibope e-Ratings. O tempo de conexão das crianças brasileiras aumentou em 22% em 2001." (...)

Fonte: Mundo Digital, Revista Época



CONEXÃO INFANTIL
As crianças brasileiras estão entre as que mais tempo ficam ligadas à rede
EUA3:46
Japão3:34
Brasil3:15
Alemanha2:15
Espanha2:10
Inglaterra2:01
Suécia1:56
França1:52
Itália1:30
Fonte: Ibope e-Ratings

terça-feira, 10 de abril de 2012

Aula 7 - Questões sobre Ciber-Cultura-Remix

LEMOS, André. Ciber-Cultura-Remix

O que é podcast?
É um sistema de produção e difusão de conteúdos sonoros. Sua origem, no final de 2004, se relaciona à popularização dos "Ipods", tocadores de MP3 da marca Apple, e ao "broadcasting", que é um sistema de disseminação de informação em larga escala.

O podcast representa o fim do rádio? Que outras mídias prenunciaram 'o fim' de suas antecessoras?
Não. O podcast é um formato alternativo e ágil do "broadcasting" e não a substituição do meio analógico e massivo.
A TV prenunciou o fim do rádio, bem como os e-books, o fim do livros impressos. Também os "clippings de notícias" pareceram ameaçar o jornal impresso. Hoje, percebe-se que um novo formato soma ao anterior, configurando-se uma alternativa de acesso. E há usuários para ambos.

O que é blogosfera? O que são blogs e quais os tipos que existem?
Blogosfera é o conjunto de blogs ao redor do mundo. Estes, são formas de publicação onde qualquer pessoa pode facilmente dispor e começar a emitir informação.
Tipos: educacionais, jornalísticos, de culinária, de viagem/turismo

O que é P2P? Como funciona? Cite exemplos.
É um sistema descentralizado de compartilhamento de arquivos "peer-to-peer”, ou seja, ponto-a-ponto. Por meio dele, um usuário pode obter arquivos disponibilizados por outros usuários, ao mesmo tempo que seus arquivos ficam disponíveis a eles.
Exemplos: Megaupload; 4shared; Freenet



Um sistema P2P sem uma infraestrutura central. 

Qual a vantagem do freenet?
É a cultura de compartilhamento, que potencializa a distribuição, a cooperação e a apropriação dos bens simbólicos, impossibilitando a restrição por parte das grandes corporações ou do governo.


Quais as origens dos softwares do código aberto?
 O surgimento dos softwares livres se deu a partir da invenção de uma licença de utilização de código fonte em 1989.
Permitem a criação e o compartilhamento de inteligência no desenvolvimento de programas de computadores. Eles reconfiguram a indústria proprietária, recombinando softwares e linhas de código de forma aberta, livre e criativa.


O que é GPL? E GNU?
O GPL é a sigla de General Public License, que é uma utilização do código fonte, criada por Richard Stallman, que foi o primeiro a escrever um projeto de software livre: o GNU, que é um acrônimo de GNU is not Unix. A GPL não permite a apropriação privada de trabalhos feitos coletivamente, o que dá a todos a possibilidade de transformar e distribuir livremente as modificações.


Por que o SL é um bom exemplo de ciber-cultura-remix?
Porque, com os softwares livres, qualquer usuário trabalha em códigos e programas (liberação de emissão); o trabalho e a cooperação são feitos por redes telemáticas (princípio de conexão); e alguns programas, como os do Pacote Office, têm o código aberto (reconfiguração da indústria dos softwares proprietários como a resposta da flexibilização).


Acesse o site mencionado na nota de rodapé n° 16 e poste em seu blog um comentário sobre o site: 
http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/4728259.stm.
Aprecio muito a livre expressão de usuários comuns, cuja colaboração com a informação, por meio de textos, imagens, podcasts e videos, vem sendo cada vez mais significativa e está configurando o que se entende como “mídia cidadã”, a partir da expansão da Internet e da proliferação de ferramentas multimídia fáceis de usar
Destaco, do artigo, a interessante consideração que talentos vem sendo descobertos, a partir de publicações despretensiosas, utilizando as ferramentas gratuitas ou de baixo custo, disponíveis online. 
 It shows that creativity and entertainment does not have to come from Hollywood and big media, but that we all have this innate talent to tell stories and to entertain each other
JD Lasica, Ourmedia
Entretanto, mesmo sendo eu adepta do "remix culture", que é encorajada por essas facilidades, fico intrigada ao pensar em como mensurar a confiabilidade das informações veiculadas, raramente isentas de interpretação.


Quais os três argumentos de Manovich para o remix como nova mídia?
I referência ao pós-modernismo
II globalização, mistura e reconfiguração de culturas nacionais em caráter global
III ligação entre cultura e computadores (novas mídias)



Acesse o site oficial do Manovich, coloque o link dele no seu blog e poste um comentário sobre qualquer texto do site.
http://manovich.net/ 
Texto escolhido: "Remixability and Modularity"



Interessantíssima a consideração sobre a remixabilidade do artista (músico, designer, arquiteto) e do usuário comum, que posta informações num blog, por exemplo. A diferença está na velocidade com que uma remixagem é referenciada, portanto, é muito mais quantitativa que qualitativa. 
Vale ressaltar que a remixabilidade não requer modularidade, mas se beneficia com isso, trabalhando elementos distintos, mas não isolados. Ademais, a modularidade precisa ser entendida como algo diferente de 'padronização'.
"Modularity has been the key principle of modern mass production. Mass production is possible because of the standarisation of parts and how they fit with each other - i.e. modularity."
Por fim, sinto-me instigada pela reflexão acerca da Cultura que, de acordo com Manovich, "has always been about remixability – but now this remixability  is available to all participants of Internet culture". Quanto mais leio sobre remixagem, menos razão encontro na ideia de "direito autoral" e no conceito de "originalidade". E logo vem à mente o famoso pensamento de Lavoisier: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.". Tudo se remixa!


O que é copyleft?
Copyleft é a ideologia oposta ao copyright, ou seja, um modelo para contratos de adesão que busca corrigir falhas sociais no direito autoral padrão.

Traduza a citação final do texto e comente-a. “Nothing is sacred...Everything is ‘public domain’. Download, remix, edit, sequence, splice this into your memory bank...information moves through us with the speed of thought, and basically any attempt to control it always backfire” (DJ Spook, apud Murphie e Potts, 2003, p.70)
“Nada é sagrado... Tudo é 'domínio público'. Baixe, remixe, edite, sequencie e junte isso no seu banco de memória...a informação se move através de nós com a velocidade do pensamento, e basicamente qualquer intento de controlá-la sempre falha.”  (DJ Spook, apud Murphie e Potts, 2003, p.70).


A citação é um incentivo à remixagem, apregoando que nada é intocável, mas que tudo pode ser repensado e redesenhado, rapidamente. Essa dinâmica prevalece sobre qualquer interferência pretendida. Parece-me, então, que o broadcasting assumiu proporções incontroláveis, algo como a 'criatura incoercível'.